O Templo, situado em Jerusalém, era muito mais do que um local de culto. Sobretudo, era o centro de toda a vida religiosa, econômica e política judaica.
Diariamente queimavam-se incensos em sacrifício, com misturas preciosas e especiarias, produzindo fragrância agradável. No grande altar dos holocaustos, oferecia-se também, a cada dia, um cordeiro de um ano. Alem disso, havia diversos sacrifícios privados de judeus, que o traziam em sinal de seu agradecimento a Deus. (Lc 2,24).
Ainda antes do amanhecer, um arauto proclamava em voz alta: ”sacerdotes, apresentai-vos para o vosso serviço”. Quando os sacerdotes escutavam a chamada, chegavam rápido, a fim de providenciar os preparativos para a realização do culto.
Nos grandes dias festivos, chegavam grandes grupos de peregrinos a Jerusalém, cujo numero superava muitas vezes, consideravelmente, o dos 25 000 da cidade. Só era possível encontrar albergue para todos eles porque os cidadãos de Jerusalém deviam conceder hospedagem de graça os peregrinos de fora. Pois Jerusalém era propriedade de todo Israel.
O templo era o santuário de todos os judeus. Por isso, era lugar de sacrifícios diários e de reunião de milhares de peregrinos nas grandes festas. Também a comunidade cristã primitiva escolheu o templo como lugar de adoração a Deus.
1. LOHSE, Eduard. A vida e a fé judaicas na época do novo testamento. in Contexto e Ambiente do Novo Testamento. São Paulo: Editora Paulinas, 2000. p. 139-144.
2. MATEUS, J/ CAMACHO, F. Jesus e a sociedade de seu tempo. São Paulo: Edições paulinas. 1992. p 20.
3. TASSIN, Claude. O judaísmo: do exílio ao tempo de Jesus. São Paulo: Edições paulinas. 1988. p 44-45.